quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Tanto sofrimento, tanta dor causada e não esperada. Mas a palavra certa para descrever é mesmo: decepção! Outras pessoas já tinham errado,  mas nunca havia sentido isso de uma maneira tão forte, tão ruim como desta vez. Talvez porque a confiança posta aí era maior do que devia, ou o que o tempo deveria ter levado, ficou.. Senti-me boba, enganada, como se fosse uma traição. Mas me senti mais boba ainda pelo que me diziam e eu não acreditava, e eu cegamente não acreditava.Me pergunto hoje se vale a pena uma despedida, se vale a pena uma última conversa, mesmo depois de um tempo passado, de um tempo que deveria servir para esquecer. Perdoei, e não me arrependo, não guardo rancores nem mágoa. Mas ainda me sinto boba e com medo de errar mais uma vez, de novo e de novo. assim como a lagarta que depois de um tempo no casulo se transforma em borboleta. E esse tempo vai passando, e mostrando que a tal história de que o tempo cura tudo, apaga tudo, não é verdade, só faz deixarmos de lado algo que não é mais prioridade para si mesmo. E será que vale a pena um reencontro, talvez um último abraço mesmo que não se explique tais eventualidades.. será? Isso seria uma volta no tempo que traria de novo as sensações ruins, aquela tal frustração sentida? Ou aliviaria e faria esquecer tudo isso? Talvez transformasse todas essas desventuras em um arco-íris com um pote de ouro no fim.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Descaminho emocional.



Eu nunca perdi ninguém, um amigo, um namorado, alguém importante da família. Sim, já perdi muitas pessoas queridas, conhecidas. Mas a morte jamais me levara alguém que eu amasse de verdade, alguém que me fizesse chorar de desespero por não ter mais junto à mim. E dessa vez, levou o meu gato, o Tinga, o MEU Tinga. Eu não sei se fico mais triste por não ter quem me abrace de noite e enrede os meus cabelos a ponto de levar uns tapas.. Ou por pensar em como as pessoas são cruéis. E eu não tô falando da crueldade que gurias (eu) reclamam quando um guri as ilude, eu falo da crueldade de matar um animal. Pensando assim me parece pior que matar uma pessoa. É um animal, tem casa, tem família, tem gente que o ama. Tinha seis meses. E quando eu chego da escola e não vejo ele me olhando, bem atirado em cima do muro, a angústia toma conta de mim, um desespero, uma tristeza que começa na ponta do meu mindinho do pé esquerdo e termina com uma dor profunda na cabeça, como se alguém tivesse me pisoteando e puxando os meus cabelos ao mesmo tempo.

Introduction

Dizem que eu tenho cara de séria, jeito de mais velha e responsável. Mas ninguém sabe o que se passa debaixo desse olhar convicto.